Uma das maiores atrações de qualquer competição de automobilística é ver como os pneus dos carros fritam e fazem barulho e fumaça. Tanto que ouvir a palavra Drift fazem nossos olhos brilharem e nos despertam vontade de ver um bom show com pilotos de Drift profissionais.
Mas o Drift não é apenas borracha queimada e litros de combustível alimentando motores preparados. A coisa toda é física pura!
Tão importante é a ciência empregada nessa prática, é a necessidade de conhecer os fenômenos envolvidos com o centro de gravidade, efeito pendulo e o atrito.
No início do esporte no Japão, Keiichi Tsuchiya popularizou o que era uma maneira tradicional de descer encostas íngremes das montanhas que consistia em ser capaz de fazer curvas acentuadas o mais rápido possível.
A força de atrito é o que nos permite correr. Se for maior que a força de avanço nós nos movemos, se for menor não nos movemos. Existem dois tipos de atrito, o dinâmico e o estático.
Isso pode ser alcançado de várias maneiras, dependendo, entre outros fatores, de que tipo de tração o carro possui. Aí entramos em uma boa discussão, com a qual tração é melhor. Considerando que uma tração “estático-dinâmica” deve ser gerada, a melhor maneira de conseguir isso é através de uma tração traseira, que pode alcançar melhor um deslocamento lateral controlado de massas inerciais, que também podemos chamar de efeito pêndulo, movimento circular que ocorre em uma derrapagem.
A Tração traseira
A tração traseira e os veículos com motor dianteiro têm seu centro de massa localizado mais próximo à frente, o que se soma ao fato de o veículo ser impulsionado e não puxado, gera a tendência de virar em curva. Para uma condução normal, esse é um perigo latente e é remediado com o conhecido diferencial. Isso permite o giro diferenciado das rodas em uma curva, fazendo com que a interna gire mais lentamente que a externa.
Mas no Drift, não queremos uma condução normal e segura. Por esse motivo os diferenciais são travados, de modo que as duas rodas giram com a mesma velocidade. O resultado disso é a tendência do carro sair derrapando nas curvas e os profissionais desse esporte que tanto amamos fazem a mágica de controlar o carro nesse estado.
O último conceito associado é o centro de gravidade. Quão importante isso pode ser levado em consideração?
O centro de gravidade dos carros utilizados no Drift, tem o centro de gravidade o mais baixo possível, para auxiliar no equilíbrio da derrapagem no momento em que o carro é lançado em efeito pendulo na curva.
Lembre-se que esta é uma mera explicação pseudo cientifica de como ocorre o Drift, e não se deve de maneira nenhuma tentar praticar isto em vias públicas. O Drift é hoje um esporte popular no mundo todo, praticado por profissionais e com toda a segurança possível. Feito sob rígidas normas de segurança em espaços próprios para a pratica.